Trágedia de Congonhas
06/04/2011 14:37Avião da TAM sofre pior acidente aéreo da história do país.
06/Abril/2011
No início da noite de 17 de julho de 2007, um Airbus A-320 que fazia o vôo JJ 3054 da TAM não conseguiu pousar na pista principal do aeroporto de Congonhas. Sob chuva, a aeronave ultrapassou os limites do aeroporto, atravessou a avenida Washington Luiz - chegando a tocar em um táxi durante o trajeto - e acabou se chocando contra um prédio da TAM Express. Um explosão e um grande incêndio seguiram a colisão. Foi o mais grave acidente aéreo da história do país. Todos os passageiros do vôo que vinha de Porto Alegre morreram, além de funcionários da TAM Express que estavam no prédio no momento da tragédia e pessoas que passavam pelo posto de gasolina ao lado.
A determinação do número e da identidade das vítimas ainda está em processo, e caminha devagar, graças à condição dos corpos carbonizados e à incerteza sobre quantas pessoas foram envolvidas. Dez dias depois do acidente, a Secretaria de Segurança Pública contabiliza 199 mortos, sendo 89 deles identificados. Determinar quem estava no vôo também foi tarefa mais demorada do que o pensado: do primeiro boletim oficial da TAM no dia do acidente e a lista final de passageiros divulgada três dias depois, onze nomes foram adicionados, chegando ao total de 187 pessoas no vôo.
Mais de 250 homens do Corpo de Bombeiros trabalharam para controlar o incêndio, além de dezesseis ambulâncias e profissionais do Instituto Médico Legal (IML). O fogo durou mais de seis horas, e as chamas atingiram vinte metros de altura. O prédio foi destruído. Nove dias depois, o Corpo de Bombeiros encerrou as buscas nos escombros. Ao todo, foram retiradas 220 sacolas com restos mortais.
Na noite do acidente, as primeiras autoridades visitaram o local e a possibilidade de sobreviventes já foi anunciada como remota. O governador José Serra (PSDB), chegou a declarar que a temperatura do avião teria chegado a 1.000ºC, e que a aeronave se desfez. Entre os funcionários da TAM Express, no entanto, houve quem fosse resgatado com vida.
Ainda na noite de terça, o presidente Lula convocou um "gabinete de crise" com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Walfrido Mares Guia (Relações Institucionais), Franklin Martins (Comunicação Social) e Waldir Pires (Defesa). Uma semana depois, Pires foi substituído por Nelson Jobim. No dia seguinte, Lula pediu que os diretores da Anac deixassem seus cargos.
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